Afinal, o que é endometriose?
Por conta da correria do dia a dia, muitas mulheres convivem com dores fortes no período pré-menstrual, como uma cólica, e acabam ignorando o fato, pensando que é algo natural da vida feminina. Além disso, as que não sentem nenhum desconforto, esquecem de realizar suas consultas médicas periódicas, e deixam de prevenir e tratar uma série de doenças, entre elas a endometriose.
O que é endometriose?
É a condição na qual o endométrio (a mucosa que reveste a parede interna do útero) cresce em outras regiões do corpo, como intestino, bexiga ou diafragma. A sua forma mais grave, conhecida como endometriose profunda, é quando esse tecido endometrial está espalhado por uma área maior.
Ela afeta uma em cada dez brasileiras em idade fértil (dos 15 aos 49 anos de idade), segundo dados do Ministério da Saúde de 2019. As dores são a reclamação mais comum, mas a endometriose também pode não apresentar sintomas.
Quais são as suas principais causas e sintomas?
Até os dias de hoje, as causas de endometriose ainda não estão muito bem definidas. Mas, com os avanços da medicina, podemos detectar diversas situações que são consideradas suspeitas para o desenvolvimento de endometriose, como:
- Menstruação retrógrada;
- Crescimento de células embrionárias no abdômen e cavidades pélvicas;
- Falhas no sistema imunológico;
- Cirurgias de retirada do útero (histerectomia) ou de parto cesariana;
- Ter mãe ou irmã com endometriose (risco aumenta de 7 a 10 vezes);
- Início precoce da menstruação (antes dos 8 anos de idade);
- Não ter filhos;
- Menstruações que duram muito tempo (sete dias ou mais);
- Problemas como hímen perfurado, que bloqueia a passagem do sangue da menstruação.
Porém, os sintomas e o desenvolvimento da doença não são os mesmos para todas as mulheres. Existem lesões que permanecem pequenas durante toda a vida reprodutiva, mas a maioria das lesões são progressivas, cresce contínua e lentamente nos anos reprodutivos, assim como existem lesões em múltiplos locais e de tamanho variável.
Como o tratamento é feito?
Se você for diagnostica com endometriose, o mais importante é entender que há diversas opções de tratamento. No geral, a estratégia de cuidados depende do local da endometriose, do grau e dos sintomas que ela causa.
Há mulheres que só precisam de acompanhamento. Outras conseguem controlar os sintomas com medicamentos que, apesar de não tratarem a doença em si, aliviam as dores e os desconfortos. Outra situação que necessita de tratamento é quando ela interfere na fertilidade, já que aproximadamente 50% das mulheres com endometriose poderão manifestar uma história temporária (subfertilidade) ou persistente de infertilidade.
É possível prevenir a endometriose?
Não existem ações específicas para a prevenção da endometriose. Exercício físico e boa alimentação fazem bem para a saúde, claro, mas não melhoram a endometriose.
O que pode trazer impacto na evolução de uma endometriose é a idade da primeira gravidez e o número de gestações da mulher. Ou seja, mulheres que não têm filhos apresentam um risco maior de desenvolver a doença.
O fato de engravidar e depois amamentar pode contribuir para o bloqueio hormonal e consequentemente frear o desenvolvimento da endometriose. Antigamente, as mulheres em geral engravidavam cedo e tinham vários filhos. Passavam muito tempo grávidas e amamentando. Por isso, muitas delas não manifestavam sintomas.
Chamada de “doença da mulher moderna”, a endometriose é, hoje, um problema de saúde pública que requer atendimento altamente especializado. Mas, com o acompanhamento e o tratamento adequado, é possível muitas vezes eliminar os sintomas ou reduzi-los, levando uma vida normal ou mesmo curar a doença. Por isso, é importante realizar sempre os exames de rotina com o seu médico e buscar apoio especializado, quando houver alguma suspeita.
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